Eleição não é o processo que começa no voto e termina na posse, ela começa muito antes, e ai pode haver a sabotagem…

Já houve parlamentares de extrema direita e/ou fascistas legitimamente eleitos ? se a votação foi apurada e feita com transparência, podemos dizer que é tudo que precisamos para julgar tal “lisura” ?

Se a escolha for feita com base em crimes, mentiras calunias e difamações impunes ou que aproveitem algum “deslise” da lei eleitoral ou mesmo um descaso da mesma justiça ?

Se apenas o ato de votar e contar os votos apontem lisura na eleição então os coronéis eleitos com o voto de cabresto também eram legitimamente eleitos ?

A formação parlamentar e o processo eleitoral é feito com tomadas de decisões, que começam no acesso a informações, mas ela é tao legitima quando forem certas as bases das informações buscadas para o processo decisório de cada eleitor. Uma vez que isso não só não seja garantido, como sendo obviamente e deliberadamente corrompido pela extrema direita e/ou fascistas.

O processo inteiro se torna comprometido, portanto temos que chamar de eleição o processo que vai desde o convencimento do eleitor ate o final da contagem dos votos, sendo assim estamos muito longe de uma lisura eleitoral, onde vale tudo, onde cometer crimes na sua oratória, sejam eles crimes do código penal ou código eleitoral, podem de fato decidir uma eleição como todo.

Portanto se usa-se métodos corrompidos para convencer o eleitor, o processo inteiro se torna corrompido !

Todos os fascistas que subiram ao poder, por vias eleitorais não são cria de uma crise moral que assola o povo, e o torna fascista, mas sim de crises na própria democracia e na direita que acha que o fascismo não eh de todo mal e permite seu jogo sujo e ascensão ao poder, e em todos os casos, uma vez que a politica e a burguesia decidem soltar o cão do fascismo, são os primeiros a ser mordidos, mas continuam apostando neste método.

dois exemplos para refletir :
Um exemplo notável é Benito Mussolini na Itália. Mussolini, originalmente socialista, fundou o Partido Fascista em 1921, transformando seu movimento paramilitar em uma entidade política formal. Ele e seus seguidores, conhecidos como os Camisas Negras, envolveram-se em violência generalizada contra socialistas e outros opositores. Proprietários de terras ricos frequentemente financiavam essas campanhas violentas. A ascensão de Mussolini culminou na Marcha sobre Roma em 1922, onde fascistas armados exigiram que ele fosse nomeado primeiro-ministro. Uma vez no poder, Mussolini utilizou tanto as forças estatais quanto paramilitares para suprimir e eliminar a oposição, empregando efetivamente uma combinação de meios legais e ilegais para manter o controle. Isso incluiu o assassinato do líder socialista Giacomo Matteotti, após o qual Mussolini consolidou sua ditadura​ (The HISTORY Channel)​​ (Wikipedia)​.

Outro caso é Adolf Hitler, que ascendeu ao poder na Alemanha por meio de uma combinação de sucesso eleitoral e manobras políticas. O Partido Nazista, sob Hitler, usou propaganda, violência e intimidação para ganhar apoio. Eles capitalizaram em crises econômicas e sentimentos nacionalistas, prometendo restaurar a antiga glória da Alemanha. Uma vez eleito, os nazistas rapidamente se moveram para consolidar o poder, usando o Incêndio do Reichstag como pretexto para aprovar o Decreto do Incêndio do Reichstag, que suspendeu as liberdades civis e permitiu a prisão de opositores políticos​ (Museu do holocausto)​.

Esses exemplos históricos demonstram como fascistas exploraram processos democráticos, utilizando engano, intimidação e violência para ganhar e manter o poder. O uso de propaganda, perseguição a adversários e manipulação de estruturas legais foram estratégias comuns empregadas para minar o processo democrático e estabelecer regimes autoritários.